Ópera de Pequim
Michael nos disse que os jovens não apreciam a Ópera Chinesa, preferindo os shows de Kung Fu ou os espetáculos de malabarismos, todos com um local definido e esperando o afluxo certeiro de turistas chineses ou estrangeiros.
Mas a votação foi pela Ópera, por unanimidade. Uma escolha é o que teríamos tempo, então deixamos o Kung Fu e o Malabarismos para outra oportunidade.
Michael fez a gentileza de comprar os ingressos e deixá-los na recepção do hotel. Cada um custou em torno de 20 dólares. De novo, valeu a pena! Afinal, vir do outro lado do mundo para ver Pequim tem de incluir o que se vê sobre Pequim mundo afora. A ópera é um exemplo disso.
Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a ópera não é para os que gostam de emoções rasas. Na verdade, estar na China e assistir um espetáculo da Ópera de Pequim justifica sua ida à própria China.
Só que neste caso o evento tem uma platéia na quase totalidade de estrangeiros, Chineses, apenas os guias que arrebanharam seus clientes nos hotéis e os trouxeram até o hotel que cedeu seu teatro para a apresentação. Nesse local você provavelmente reencontrará muitos dos que estavam em seu avião para a China.
Neste site você pode ler mais sobre a ópera de Pequim e como fazer para ir à um espetáculo.
Mercado das Pérolas
O Mercado das Pérolas está situado bem ao lado do parque do Templo do Céu. Basta cruzar a avenida que bordeia o parque, ver mapa, por uma passarela que sai bem em frente ao estabelecimento.
Na verdade o que se chama mercado é mais parecido com um shopping onde a caça ao comprador é algumas vezes bastante insistente por parte de alguns vendedores.
Vendedoras talentosas montam colares e pulseiras com a matéria prima de suas pequenas lojas bem na frente do freguês.
Independente do que será comprado, lembre-se do mandamento: é preciso insistir na barganha.
Site do mercado das pérolas, em inglês.
Considerações sobre Beijing.
1- Taxis.
Este não é um fenômeno exclusivo de Pequim mas de toda a China, de quase toda a Ásia e de quase todo o mundo. Evitei pegar taxi toda vez que pude. Eles não falam outra língua além do mandarim, e o ambiente é sempre tenso, você o tempo todo desconfiando do serviço que lhe é prestado e a recíproca de confiança parece ser verdadeira.
É uma pena pois seria extremamente útil se tivéssemos desenvoltura com os taxis. Mas não foi assim.
2- Segurança
Em todo o tempo que estivemos em Pequim, e na China como um todo, nunca vimos um evento de distúrbio da segurança. Somente em Hong Kong. Na China continental nâo assistimos assaltos, batedores de carteira, nunca fomos agredidos por sermos estrangeiros. No metrô, nas ruas, nas lojas e shoppings, no hotel, nunca fomos discriminados.
Pelo contrário.
Fomos é muito bem tratados por sermos estrangeiros, e porque Pequim ( e em toda a China) uma atitude tolerante e respeitosa predomina.
Perigo existem, os malfeitores estão por toda parte e fomos avisados quanto a eles pelos próprios guias. No mínimo demos sorte.
Alguém me falou e repito. Quem rouba é sem-vergonha e sem-vergonha não tem recuperação. Então quem rouba…….. Que saudades também da China quanto a isso!
3- Exceções.
Se não há roubos na rua, se você pode sem vacilo baixar a guarda nos parques etc, convém ficar espertíssimo com o trânsito conforme já falei. Deve ser muito desagradável ser atropelado do outro lado do planeta, tão longe de casa, por uma silenciosa bicicleta elétrica, por uma scooter com as mesmas propriedades, sem contar os Santanas VW taxis que estão por toda parte.
O outro problema é que nós perdemos a capacidade de negociar na hora da compra. Se o produto nâo está exposto com um preço, então é a hora de tentar colocar suas habilidades á prova. Se o vendedor, por exemplo te pede 100 Yuans, ele pode sair por 40 Yuans, dependendo de seu talento. Entretanto se o preço está exposto junto com o produto, pode ser que o valor não vai diminuir muito disso.
Filho único
A insistência sobre esse assunto é mais intensa no Brasil do que praticamente na China. Todos comentam o assunto quando se fala da China.
Um de nossos guias disse que se quisesse poderia sim ter outro filho, mas não quer porque educar um filho na China está muito caro.
Falam também que esta primeira geração de filho único está chegando ao mercado de trabalho e que é dificil conviver com eles porque não sabem dividir, são por demais egoístas etc.
Pode ter seu fundo de verdade porque vimos os tais de filhos únicos por toda parte. Um menino ou menina de seus poucos anos, cercado por quatro, cinco adultos que simplesmente faziam tudo que o menino queria. Este caprichava na birra, na teima, o que provocava um desdobramento de atitudes do adulto que só faziam piorar o comportamento do pequeno imperador ou imperatriz. Esta cena se repetiu infinitamente por todos os lados,.
A língua.
Algumas pessoas falam inglês na China. Aqueles destinados a lidar com o público pelo menos sabem se comunicar de maneira básica em inglês, quando não são fluentes e com excelente pronúncia.
Mas quem não domina este idioma terá a maior paciência para o idioma da mímica, digamos assim.
Quando meu celular estragou em Pequim, aprendi outra forma de me comunicar. Eu teclava em inglês no Baidu, e o atendente respondia em mandarim também via tradutor. E isso se repetiu em outras inúmeras situações.
Na verdade os chineses gostam de falar inglês com o estrangeiro e demonstram timidez quando embolam alguma frase. Ou seja, comunicação não é problema.
Os chineses e Beijing
Inquietos, risonhos, faladores, gentis, assim são os chineses
Bela, hospitaleira, fácil de conquistar, segura, assim é Beijing
Pena que foram somente cinco dias.